Amanheces em meus olhos
E despertas-me à vastidão do mundo
Cabes em todas as minhas horas
Mesmo no esmaecer do dia
Lasso, lânguido e furtivo
Sob os olhares de aceno da noite
Permaneces em minha retina
Quando se abranda a luz
E as cores pálidas ainda se miram
No espelho da aquarela do horizonte
Num céu longínquo de nuvens inexprimíveis
Que talvez nunca te digam sobre mim
É em mim que sempre estás
Quando as mãos desdobram-se
Escrevendo o que não alcançam
E deixo o meu silêncio em teus lábios
Não existem pessoas, vozes ou gestos
Somente a melodia de cada palavra
Vibrando em notas de saudade
Que tocam em minha boca
Os acordes que desejam teus beijos
Poema ao acaso
Só o fogo e o mar podem olhar-se
sem fim. Nem sequer o céu com suas nuvens.
Só o teu rosto, só o mar e o fogo.
As chamas, e as ondas, e os teus olhos.
...
Só o teu rosto interminavelmente.
Como o fogo e o mar. Como a morte.
Só o fogo e o mar podem olhar-se
sem fim. Nem sequer o céu com suas nuvens.
Só o teu rosto, só o mar e o fogo.
As chamas, e as ondas, e os teus olhos.
...
Só o teu rosto interminavelmente.
Como o fogo e o mar. Como a morte.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011
Pássaro de Fogo - Paula Fernandes
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