Amanheces em meus olhos
E despertas-me à vastidão do mundo
Cabes em todas as minhas horas
Mesmo no esmaecer do dia
Lasso, lânguido e furtivo
Sob os olhares de aceno da noite
Permaneces em minha retina
Quando se abranda a luz
E as cores pálidas ainda se miram
No espelho da aquarela do horizonte
Num céu longínquo de nuvens inexprimíveis
Que talvez nunca te digam sobre mim
É em mim que sempre estás
Quando as mãos desdobram-se
Escrevendo o que não alcançam
E deixo o meu silêncio em teus lábios
Não existem pessoas, vozes ou gestos
Somente a melodia de cada palavra
Vibrando em notas de saudade
Que tocam em minha boca
Os acordes que desejam teus beijos
Poema ao acaso

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Senti...senti, a brisa refrescante


Senti...senti, a brisa refrescante
Do mar.
Ou talvez o perfume de sândalo
No ar.
vi.. simplesmente, vi
a flor do maracujá.
cores e cores
a se misturar
senti.. senti no teu olhar
chama ardente,
capaz de queimar.
Ou, simplesmente vi,
vi..Uma lágrima rolar
Molhar os teus olhos
Borbulhante a bailar.
Ouvi..ouvi melodia.
Rouxinol, a cantar
Será? será o seu canto?
Ou do sabiá.
Cantei..cantei a musica
Dos anjos além
Talvez,, sonhei,
Sonhei que era fada
Ou anjo também.
Vi..vi o certo
E o incerto, de mãos dadas
Andar.
Toquei...toquei no cometa
Com o meu polegar.
Não sei.. talvez
Talvez sejam sonhos
Ou seja, o acordar.

autoria: Mara Laurentino